dezembro 09, 2015

Gilbert Delahaye, o escritor



Gilbert Delahaye, à esquerda, e Marcel Marlier, à direita.

Nascido em 1923, Gilbert Delahaye entra com apenas 21 anos para a editora Casterman, onde mais tarde acabou por dar vida à personagem Martine. Através de histórias simples do dia a dia com pequenos apontamentos mágicos, o autor construiu um mundo encantado cheio de detalhes e de lições de vida subtis, mas muito importantes.

Desde o primeiro livro, Martine na quinta, publicado em 1954, até ao último livro, Martine e o príncipe misterioso, lançado em 2010, as aventuras da Martine representam uma viagem de descoberta por vários lugares, ambientes e profissões. Os primeiros livros retratam a época dos anos 50 do século XX, com Gilbert Delahaye e Marcel Marlier, o ilustrador, a exprimirem os desejos de uma geração posta à prova pela guerra que sonha com um mundo melhor para os seus filhos.

Logo após a morte de Gilbert Delahaye, em 1997, com 74 anos, o filho de Marcel Marlier, Jean-Louis Marlier, decidiu pegar na sua antiga caneta e dar continuidade à Martine. Excelente conhecedor do mundo da personagem, Jean-Louis Marlier soube, sem qualquer rutura, ser fiel aos textos originais de Gilbert Delahaye e às características singulares da personagem.

Faltam cerca de duas semanas para terminar o prazo de entrega dos trabalhos. Ainda vai a tempo de participar. Leia o nosso guia aqui. Bom trabalho!

novembro 27, 2015

Quem é quem no mundo da «Martine»



Os livros da Martine oferecem a todas as crianças a oportunidade de viver de perto as suas aventuras e de saber quem é a sua família que, tal como ela, nos encanta há gerações. Vamos conhecê-la mais de perto?

A Martine tem dois irmãos. O mais velho chama-se João e gosta muito de acompanhar a Martine nas suas aventuras. Tal como a irmã, é uma rapazinho criativo e tem sempre ideias novas, é dedicado, curioso, e está sempre pronto para se divertir. Por outro lado, o Alexandre é o irmão mais novo da Martine. Embora seja muito pequenino, este rapazote é o menino dos olhos da mana.

Os pais da Martine são muito cuidadosos com os três filhos. Gostam que eles sejam bem-educados, amáveis com toda a gente, e são os seus melhores conselheiros. Os avós são os melhores amigos dos netos e ensinam-lhes muitas coisas novas. Mas o contrário também acontece! É graças aos netos que eles próprios também fazem novas descobertas.

Por último, a Martine tem dois animais de estimação: o Patusco e o Bigodes. O Patusco é um cão, o fiel companheiro da Martine e segue-a para todo o lado. Já o Bigodes é o pequeno gatinho branco e preto da Martine. Ambos adoram a Martine e têm um dom único: conseguem falar! Um lado imaginário que o ilustrador, Marcel Marlier, coloca nos livros, e que desperta a fantasia em todos nós.

Para trabalhar com as crianças o tema da família, deixamos-lhe uma sugestão: imprima esta árvore genológica e distribua um exemplar por cada criança. Ajude-as a preencher os campos em branco com as fotografias da sua família e os respectivos graus de parentesco.

Faltam três semanas para a data-limite de entrega dos trabalhos. Poderá enviá-los de três formas possíveis:

- Por carta endereçada à Zero a Oito, «Concurso: Martine, uma amiga para sempre», Rua Castilho, n.º 57, 1.º Direito, 1250-068 Lisboa;

- Em mão própria na morada atrás indicada;

- Por e-mail para geral@zeroaoito.pt.

Ficamos à espera dos vossos postais. Bom trabalho!

novembro 20, 2015

Amiga do ambiente e protetora dos animais



A relação da Martine com o ambiente e com os animais é de puro respeito e harmonia. Podemos até dizer que foi uma verdadeira precursora na defesa deste tema que, hoje em dia, está tão em voga, mas que apenas começou a ser discutido cerca de trinta anos depois do lançamento do seu primeiro livro, em 1954. Este é, por isso, mais um dos valores que a Martine transmite aos leitores através das suas histórias: a importância e necessidade de respeitar a Natureza e os animais que nos rodeiam, para que o Universo funcione de forma saudável e equilibrada.

Em quase todos os livros da Martine é possível perceber que existe uma relação muito especial da personagem com a Natureza. Este é um tema, aliás, muito frequente nas suas histórias, que facilmente se identifica, por exemplo, nos livros «Martine e os pequenos póneis» ou «Martine na quinta dos avós».

Outro exemplo é o livro «Martine e as 4 estações», que, com a ajuda do professor ou do encarregado de educação, pode ajudar os mais pequenos a perceberem como as paisagens mudam ao longo do ano e como esta mudança é influenciada pela forma como todos cuidamos do meio ambiente. Não deitar lixo para o chão, reciclar os materiais recicláveis, poupar água e electricidade são, entre muitas outras, medidas que devem ser ensinadas às crianças para que seja possível preservar o nosso planeta.

Falta pouco menos de um mês para terminar o prazo de entrega dos trabalhos. Já começámos a receber alguns postais, ficamos também à espera dos vossos. Bom trabalho!

novembro 13, 2015

Jogos de quebra-gelo

Autor: www.dicasdemulher.com.br

Se leu o post anterior onde escrevemos sobre como começar a trabalhar com as crianças o concurso «Martine, uma amiga para sempre» (relembre aqui), trazemos-lhe agora algumas ideias para que os mais pequenos descubram de forma divertida um pouco mais sobre os seus amigos e colegas.

A primeira atividade que sugerimos tem o objetivo de descontrair as crianças com um jogo engraçado e bem-disposto. Peça-lhes que se coloquem todas em círculo e diga-lhes para imaginarem que são as folhas do outono numa tarde de ventania. Quando estiverem todas preparadas, diga: «Este vento sopra todos os meninos que…», e escolha uma característica física, como, por exemplo, cabelo loiro ou a cor da camisola. As crianças que corresponderem a esta característica têm que se «mexer com o vento» e «voar» para um lugar diferente da sala. 

A atividade continua até todas as crianças terem mudado de lugar algumas vezes e estarem espalhadas pela sala.

Outra ideia de jogo é, por exemplo, convidar novamente as crianças a colocarem-se em círculo e nomearem uma pessoa para ser o «adivinhador». A pessoa escolhida sai da sala por alguns instantes e as crianças escolhem alguém para ser o «mestre». Já com o adivinhador na sala e no centro do círculo, o mestre, sem que o adivinhador veja, escolhe um movimento ou mímica para todas as crianças repetirem. O gesto vai mudando quantas vezes o mestre quiser e todas as crianças têm de o imitar. O adivinhador tem que estar atento e tem duas tentativas para acertar em quem é o mestre. O jogo continua até todas as crianças terem sido mestres e adivinhadores.

Aproveite estas ideias para ajudar as crianças lá em casa ou na escola a aproximarem-se, conhecerem-se e criarem laços afetivos. Leia com atenção o tema e os critérios de avaliação do concurso (aqui) e envie os trabalhos até dia 17 de dezembro de 2015.

novembro 06, 2015

Marcel Marlier, o ilustrador


Um dos maiores valores na coleção «Martine» é, sem dúvida, a ilustração. Em cada livro, é claro o gosto pela arquitetura, pelos interiores acolhedores e pelas paisagens mais bucólicas. Mas, afinal, quem foi o ilustrador responsável por dar vida a esta personagem que nos encanta há tantas gerações?

Marcel Marlier nasceu a 18 de novembro de 1930, em Herseaux, na Bélgica, próximo da fronteira francesa. Aos 18 anos começou a trabalhar para um importante editor de manuais escolares e só três anos mais tarde então com 21 anos, estreou-se na editora Casterman. 



De 1953 a 1970 Marcel trabalhou como professor de Desenho e de Fotografia na Escola Superior das Artes, em Saint-Luc, Tournai, na Bélgica. Um ano depois de iniciar a sua atividade enquanto professor, e apenas com 24 anos (1954), Marcel Marlier começou a sua colaboração com o escritor Gilbert Delahaye e, juntos, deram vida às aventuras da Martine. Esta é a coleção com mais destaque em que o ilustrador participou, lançando até aos nossos dias um total de 60 títulos.

Ao longo dos anos, Marcel Marlier melhorou a sua técnica, estudando a precisão do seu desenho... Para o sexagésimo livro da coleção, foram feitos centenas de esboços, cada um mais extraordinário do que o outro! Marcel Marlier é um dos raros, se não o único ilustrador a dominar, ao mesmo tempo, o retrato, o movimento, a paisagem e o detalhe dos factos. Desde novo, habituou-se a representar a vida das paisagens e dos animais, dando-lhes uma realidade, vivacidade e pormenores únicos.

Marcel Marlier acabou por morrer a 18 de janeiro de 2011, deixando uma marca incontornável no mundo da ilustração infantil.

Não se esqueça de que falta pouco mais de um mês e meio para a data de entrega dos trabalhos. Ainda vai a tempo de reservar o prémio de participação que estamos a oferecer às primeiras 50 escolas inscritas – uma minibiblioteca da Martine. Poderá fazê-lo online (aqui), ou enviando a ficha de inscrição em anexo por fax. Bom trabalho!

outubro 30, 2015

“Quem diz a verdade não merece castigo.”





Já dizia o ditado. Mas será que é mesmo assim?

A mentira na idade infantil começa a surgir por volta dos 2 anos de idade, quando as crianças começam a conseguir estruturar o pensamento. Numa primeira idade, a mentira muitas vezes trata-se apenas de uma confusão entre o mundo real e o mundo imaginário, em que a criança esconde alguma coisa que fez de errado ou nega a verdade para explicar o que gostava que tivesse acontecido. Mas à medida que as crianças vão crescendo começam a surgir outras situações em que mentem conscientemente ou, simplesmente, tentam ocultar a verdade para escapar a algum castigo ou situação desconfortável.

Cabe aos pais, encarregados de educação e professores ajudarem as crianças a definir a fronteira entre a verdade e a mentira e, sobretudo, ajudá-las a perceber a dimensão e as consequências que cada mentira pode ter. Quando uma criança mente, o assunto não deve ser ignorado, mas sim debatido de forma clara e tranquila com a criança, através do diálogo e de exemplos reais.

Por exemplo, no livro «Martine e o presente de anos», a Martine recebe em casa por engano uma boneca. Ao longo da história, ela acaba por ser confrontada com uma decisão importante: devolver a boneca e fazer o que está certo, ou ficar com ela sem que ninguém repare? Este é um bom exemplo para explicar aos mais pequenos como as mentiras também podem ser omissões e que é importante assumir os nossos erros para evitar que os problemas tomem proporções maiores. Afinal de contas, todos erramos.

Este é mais um exemplo de como os livros da Martine têm tanto para ensinar às crianças. Ela é uma menina como tantas outras, uma menina com quem cada um dos leitores se consegue identificar. Aproveite as suas histórias para mostrar aos mais pequenos a importância da verdade.